terça-feira, 8 de abril de 2008

Conhecimentos específicos decidem vaga; veja como se preparar

Disciplinas têm maior número de questões e peso, além de serem critério de desempate.Muitas vezes, matérias específicas nunca foram estudadas pelos candidatos.

As provas de conhecimentos específicos são decisivas para o candidato ser aprovado nos concursos públicos. Geralmente o teste tem maior número de questões, o maior peso, que pode chegar a 80%, e é critério de desempate.

Mas, em muitos casos, as disciplinas previstas no exame nunca foram estudadas pelos candidatos durante o período de formação, o que exige maior tempo de estudo e dedicação para que a vaga seja garantida.

As disciplinas que fazem parte das provas específicas são diretamente ligadas à área de formação do candidato (no caso de nível superior de escolaridade) e ao cargo concorrido. “São as disciplinas que os órgãos consideram as mais importantes para o cargo e que os candidatos têm de saber para terem bom desempenho na função”, define Carlos Alberto de Lucca, coordenador-geral do curso preparatório Siga Concursos. Segundo ele, no caso do Banco do Brasil, que está com inscrições abertas para cadastro de reserva em cinco estados e no Distrito Federal para escriturário, entre as disciplinas específicas estão conhecimentos bancários e atendimento ao cliente. “São matérias que os candidatos não estudaram na escola nem na universidade”, diz.

Segundo ele, a mesma situação se repetiu no concurso do INSS - a disciplina de direito previdenciário foi decisiva no concurso, principalmente para o cargo de técnico, de nível médio. “Por isso é fundamental que o candidato leia atentamente o edital e preste bem atenção às disciplinas previstas na prova de conhecimentos específicos. Caso contrário, as chances de passar caem consideravelmente”, ressalta De Lucca. No caso do concurso para perito criminal da Polícia Civil de São Paulo, a prova de conhecimentos específicos abrange física, química e biologia, que têm peso de 70% na prova. “Essas matérias são estudadas no ensino médio e isso pode facilitar na preparação do candidato.”

Antes e depois do edital
Vivaldo Pereira de Jesus, professor de técnicas de estudo, administração e planejamento da Central de Concursos, aconselha os candidatos a estudarem antes da publicação do edital as disciplinas básicas – português, matemática, atualidades, interpretação de textos, raciocínio lógico e informática.

Ao ser divulgado o regulamento do concurso, o candidato deve se dedicar às disciplinas específicas – ele tem de 45 a 60 dias para se preparar até a prova.
O ideal, segundo ele, é que o candidato se prepare de quatro a seis meses antes do edital para cargos de ensino médio e de nove meses a um ano para nível superior. “Hoje em dia não dá para se classificar sem acertar pelo menos 75% das questões de toda a prova”, diz. Já De Lucca acha que o candidato deve adequar o tempo de estudo de acordo com o peso da prova – o dobro do tempo para as disciplinas específicas e a metade para as básicas. “Na preparação para o concurso, o candidato deve ter em mente que para se classificar é necessário acertar no mínimo de 40% a 60% das questões específicas.”

Afinidade
Jesus considera importante que os candidatos definam antes de mais nada a área para a qual pretendem concorrer, entre elas tributária, segurança, bancária, judiciária, entre outras. “A partir daí eles podem se focar na preparação e até estudar as disciplinas específicas com base em provas anteriores”, diz. De Lucca tem a mesma opinião. “É mais fácil conseguir a vaga se você escolhe logo o cargo ou a função, porque você se dedica com direcionamento.” Ele acha que o candidato também deve escolher a área para a qual tenha mais facilidade e afinidade, o que pode ajudar na preparação. “Você sempre vai ter aprender aquilo que nunca viu antes, e escolher a área de que gosta ajuda a vencer as dificuldades”.

“O candidato pode ter pré-disposição para achar uma disciplina desconhecida difícil. Ele deve vencer as dificuldades para entender a matéria”, diz Jesus.

Apostilas
Muitos candidatos têm dificuldade para encontrar material de estudo para as disciplinas específicas. De Lucca recomenda que o candidato compre livros e apostilas de editoras conhecidas. “Hoje em dia, as livrarias têm seções especializadas em concursos e os vendedores podem orientar os candidatos”.
Mas ele faz um alerta: “Não compre só pela capa. Folheie o material e analise bem o conteúdo”. Jesus afirma que muitos cursos preparatórios vendem apostilas com matérias específicas e o candidato pode comprar mesmo não sendo aluno.

FONTE: G1

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